DEPRESSÃO: A pessoa apresenta apatia, choro, desgosto, queixa do desempenho insatisfatório em alguma área da vida, falta de interesse, de ânimo, de encantamento e de entusiasmo diante da vida; sua conexão com o passado, presente e futuro fica descompassada; as pessoas não sabem muito bem quando ela (a depressão) se deu e seus motivos são desconhecido, têm a sensação de que viverão o resto da vida nesse estado. A diferença entre depressão e tristeza é que na segunda não há alteração dos compromissos e atividades, não apresenta desconexão temporal e, em geral, tem consciência das razões que a levaram a ficar triste e sabe que logo vai superar. Outro fator a ser observado é o tempo em que a pessoa se encontra nesse estado; deve-se avaliar o quanto a duração do quadro é proporcional ao fator desencadeante para se avaliar e distinguir o quadro de depressão ou de tristeza. 

 

 

 

TRANSTORNO DO ESTRESSE PÓS-TRAUMÁTICO: A pessoa tenha experimentado, testemunhado ou sido confrontado com um ou mais eventos relacionados com ameaça ou possibilidade real de ameaça de sua integridade física ou psíquica, desencadeando sensações de intenso medo, horror ou impotência. A partir deste evento traumático, ocorrem manifestações de revivência (pensamentos, imagens, sensações físicas, sonhos), esquiva persistente de qualquer estímulo associado ao trauma, excitabilidade aumentada e entorpecimento aos estímulos em geral (dissociação afetiva).

 

 

TRANSTORNO BIPOLAR DO HUMOR: É uma doença mental crônica caracterizada por alterações no estado do humor, com recorrência de episódios depressivos (melancolia, pessimismo, desesperança, irritabilidade, ansiedade, pânico e queixas somáticas variadas), maníacos (sensações de euforia e aparente exuberância, bem como labilidade afetiva, a qual pode ser traduzida por intensa irritabilidade e até por demonstrações efusivas de raiva), hipomaníacos (em geral, o indivíduo apresenta-se alegre e jocoso, demonstrando-se animado e otimista; a diferença em relação à mania é que, nesse caso, a agitação não interfere na adaptação psicossocial, caracteriza-se aumento da atividade mental, agitação psicomotora, autoconfiança exagerada, tagarelice e atitudes despreocupadas) e até mesmo mistos (presença simultânea de sintomas depressivos e maníacos).

 

 

 

TRANSTORNO DO PÂNICO: Consiste em ataques de pânico recorrentes e inesperados, com pelo menos um dos ataques seguido por menos de um mês de preocupação ou alteração comportamental, pela preocupação de ter novos episódios; no DSM IV, os critérios para crise de pânico incluem um período distinto de intenso medo ou desconforto, no qual quatro ou mais dos sintomas descritos a seguir desenvolvem-se abruptamente e alcançam grau máximo em dez minutos: palpitações ou taquicardia, sudorese, tremores, sensação de falta de ar ou sufocamento, sensação de asfixia, dor ou desconforto torácico, náusea ou desconforto abdominal, sensação de tontura, instabilidade, vertigem ou desmaio, desrealização ou despersonalização, medo de perder o controle ou enlouquecer, medo de morrer, parestesias, calafrios ou ondas de calor.

 

 

TRANSTORNO OBSESSIVO-COMPULSIVO (TOC): Caracteriza-se pela presença de pensamentos intrusivos recorrentes (obsessões) que aumentam a ansiedade do indivíduo, muitas vezes acompanhados da necessidade de realizar atos ritualizados (compulsões), os quais estão associados à diminuição da ansiedade; é considerado um transtorno mental de curso crônico, com frequente flutuação na intensidade do sintomas, sendo a possibilidade de remissão sem tratamento extremamente baixa; causa sofrimento e interfere significativamente na vida do indivíduo, com prejuízos principalmente nas relações sociais e familiares e o desempenho ocupacional.

 

 

ANOREXIA NERVOSA: Caracteriza-se pela perda intensa de peso à custa de dietas rígidas que são autoimpostas, visando a uma busca desenfreada para atingir a condição de magreza, acompanhada por uma significativa distorção da imagem corporal e com manifestação de amenorreia; a baixa autoestima e distorção da imagem corporal levam os pacientes a uma prática exagerada de exercícios físicos compulsivos, jejum prolongado ou mesmo uso de laxantes e diuréticos como forma auxiliar para a perda de peso; o diagnóstico pode ser dividido em dois subtipos: o restritivo (no qual o paciente restringe a alimentação) e o purgativo (no qual o paciente apresenta episódios bulímicos como prática de purgação, vômitos, ingestão de diuréticos e laxantes).

 

 

BULIMIA NERVOSA: Caracteriza-se por grande ingestão de alimentos de maneira muito rápida e intensa, associada a uma sensação de perda de controle - os chamados episódios bulímicos - estes, quando ocorrem, são acompanhados de métodos compensatórios para que o controle de peso seja mantido, isto é, após a ingestão de grandes quantidades de alimento os pacientes se engajam em comportamentos de purgação como vômitos autoinduzidos ou fazendo uso de grandes quantidades de medicamentos (diuréticos, laxantes, inibidores de apetite), dietas e exercícios físicos, abuso de cafeína ou mesmo uso de cocaína como forma de compensação.

 

 

Referência Bibliográfica:

Payá, R.(organizadora) - Intercâmbio das psicoterapias: como cada abordagem psicoterapêutica compreende os transtornos psiquiátricos - São Paulo: Roca, 2011.